sábado, outubro 07, 2006

100 asas



Em vôos acorrentados
atravesso ares
e os arcos da íris
em busca de novos versos

Das sobras opacas de palavras
sem textura ou contexto
precipito-me

Vida vaga
sem previsão de epílogo
Da íris opaca escorrem folículos
fracos focos de um pensar não reciclado

Afugento os signos luzentes
da trama de falas em alto relevo
procuro aquilo que dorme tranqüilamente
sob minha sórdida arbitrariedade
.
.
.
Nina Delfim

3 comentários:

Anônimo disse...

Faz tempo que não passo na sua mesa de textos por absoluta falta de tempo. E com pouco tempo, como ler todos os amigos que apreciamos?__Você é fantástica, sua poesia tem inteligência e inspiração,questionamento e reflexão.E fôlego! __Beijos.
21/06/2006 03h20

Anônimo disse...

Você tem uma textura fascinante e sua escrita conduz a caminhos densos e ardentes em cada palavra, em cada verso e viver à flor da pele. Você é maravilhosa. Beijos.
22/06/2006 23h48

Anônimo disse...

Um poema prenhe de afagos e interrogações. Não nos é dado o direito de ser aquilo que não somos. Mesmo se somos poeta.
26/06/2006 20h09