Em vôos acorrentados
atravesso ares
e os arcos da íris
e os arcos da íris
em busca de novos versos
Das sobras opacas de palavras
sem textura ou contexto
precipito-me
precipito-me
Vida vaga
sem previsão de epílogo
Da íris opaca escorrem folículos
fracos focos de um pensar não reciclado
Afugento os signos luzentes
da trama de falas em alto relevo
procuro aquilo que dorme tranqüilamente
sob minha sórdida arbitrariedade
.
.
.
.
.
Nina Delfim
3 comentários:
Faz tempo que não passo na sua mesa de textos por absoluta falta de tempo. E com pouco tempo, como ler todos os amigos que apreciamos?__Você é fantástica, sua poesia tem inteligência e inspiração,questionamento e reflexão.E fôlego! __Beijos.
21/06/2006 03h20
Você tem uma textura fascinante e sua escrita conduz a caminhos densos e ardentes em cada palavra, em cada verso e viver à flor da pele. Você é maravilhosa. Beijos.
22/06/2006 23h48
Um poema prenhe de afagos e interrogações. Não nos é dado o direito de ser aquilo que não somos. Mesmo se somos poeta.
26/06/2006 20h09
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